Frenectomia: conheça procedimento simples que cura língua presa
A língua presa, tecnicamente conhecida como anquiloglossia, é uma condição muito comum que acomete mais de dois milhões de pessoas todos os anos. Segundo o fonoaudiólogo do Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho (HPMGER), Leibson Lenon, essa alteração na língua acarreta em problemas para a mãe e para o bebê. “A língua presa ocasiona ferimentos no mamilo da mãe já que o bebê tem dificuldade de engolir. A criança fica mais irritada, perde peso, se engasga com facilidade e se cansa mais rápido”, explicou Leibson.
O exame que detecta a língua presa é o teste da linguinha. Ele é realizado logo na primeira semana de vida da criança e é feito por um fonoaudiólogo. O teste avalia se a criança possui todas as funções da língua, como engolir e regurgitar. Posteriormente, a língua presa atrapalha na aquisição da linguagem. “Assim que detectamos a língua presa, indicamos a frenectomia para devolver a mobilidade necessária para o bebê”, explicou Leibson.
A cirurgiã-dentista do HPMGER responsável por fazer a frenectomia nos recém-nascidos, Daniella Benício, conta que o procedimento é feito em ambiente ambulatorial, sem a necessidade de anestesia geral. “A correção da língua presa é bem simples, feita com anestesia local. É feito um pequeno corte no freno da língua que tem efeito imediato”, disse Daniella. Depois do procedimento, o bebê não precisa seguir restrições e pode seguir a vida normal. “O próprio leite materno ajuda a cicatrizar o corte”, completou Daniella.
A frenectomia é realizada nos bebês internos da unidade, quando há necessidade. Quando é detectada a língua presa depois que a criança já teve alta, é agendado um dia para que os pais a tragam para a realização da intervenção. Quando a criança nasceu em outro hospital, é preciso agendar um atendimento com o fonoaudiólogo para conseguir o encaminhamento do procedimento.