Edson Ramalho estende serviço da Farmácia Clínica à Sala Vermelha para evitar evolução de casos para UTI
O Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER), gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) e pertencente à rede estadual, estendeu o serviço da Farmácia Clínica à Sala Vermelha. O reforço na assistência terapêutica e medicamentosa do paciente tem por objetivo a recuperação mais rápida do quadro de saúde, podendo evitar a evolução para a unidade de terapia intensiva (UTI).
A Farmácia Clínica foi implantada no HSGER, ano passado, conforme a coordenadora do setor, Juliana Carreiro. A assistência inicial foi aos pacientes da UTI adulto, tendo sido ampliada já para a UTI neonatal e para a unidade de cuidados intermediários neonatais (Ucin), ambas localizadas na Maternidade do HSGER. Para ela, a prestação do serviço em um hospital de porta-aberta como o Edson Ramalho é um diferencial aos usuários.
“O paciente da Sala Vermelha pode precisar ser transferido para a UTI, conforme a gravidade do seu caso. Mas, com a assistência farmacêutica adequada e dependendo da resposta do paciente, ele pode se recuperar sem necessidade de transferência, o que faz com que haja mais leitos disponíveis para os casos mais graves. Caso ele precise ser transferido para a UTI, já teremos feito uma minimização de danos. Além disso, ele continuará sendo assistido pela Farmácia Clínica, na UTI”, afirmou Juliana Carreiro.
Ela explicou que, no serviço, o farmacêutico integra a equipe multiprofissional de assistência ao paciente, formada por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. “Cada um, na sua expertise, apresenta seu ponto de vista sobre cada paciente. Nós discutimos sobre os casos clínicos, verificando questões como o ajuste de doses ou horário de ministrar o medicamento. Temos um único objetivo, que é cuidar do paciente, assisti-lo com qualidade e segurança, e fazer com que ele evolua até receber sua alta. Para isto, as equipes do HSGER estão alinhadas”, frisou.
A farmacêutica Paula Benvindo contou que, para cada paciente, há uma ficha de acompanhamento individualizada com informações de identificação, uso de antimicrobianos e demais medicamentos. Desta forma, é feita uma avaliação do quadro clínico considerando a farmacoterapia prescrita, em conjunto com outros indicadores.
“Fazemos a conferência da prescrição, diluição e aprazamento dos medicamentos. A partir dos resultados dos exames laboratoriais, verificamos se há necessidade de ajustes da farmacoterapia”, comentou Paula Benvindo. Segundo ela, a avaliação ainda inclui cuidados como a prevenção à lesão aguda de mucosa gástrica, a possibilidade de interação medicamentosa ou alergias a medicamentos.