Serviço de Reabilitação Auditiva do Hospital Edson Ramalho devolve qualidade de vida aos pacientes
“É muito bom voltar a escutar as coisas, assistir televisão e ouvir o forró que eu gosto no rádio”, comemorou Seu Ananias Cordeiro, de 101 anos, morador do bairro Treze de Maio. Ele recebeu o aparelho auditivo no Setor de Reabilitação Auditiva (SRA) do Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) e passou pela consulta para ajuste do equipamento de amplificação sonora, conforme suas necessidades sensoriais.
A unidade hospitalar, gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) e integrante da rede estadual, proporciona acompanhamento com otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, realiza exames auditivos e disponibiliza aos pacientes aparelhos de amplificação sonora, devolvendo qualidade de vida. Os atendimentos mitigam as limitações de comunicação, aprendizagem e sociais, consequentes da perda auditiva, e protegem o sistema nervoso central de doenças neurodegenerativas.
Neste ano, o SRA do HSGER completa 20 anos de atividades. O serviço é a referência da rede hospitalar estadual no atendimento a crianças, adultos e idosos. O hospital realiza os procedimentos de audiometria tonal, vocal e impedâncio, otoemissões acústicas (teste da orelhinha), bera ou peate (potencial evocado auditivo do tronco encefálico). Constatada a perda auditiva e havendo indicação médica, os pacientes passam pela confecção do molde do ouvido e recebem os aparelhos de amplificação sonora.
A médica otorrinolaringologista e coordenadora do SRA, Keylla Cavalcante, apontou que a perda auditiva traz limitações sociais, mas a reabilitação proporciona qualidade de vida. Segundo ela, a audição tem grande importância no desenvolvimento do ser humano, proporcionando a capacidade de aprendizagem. Com isso, há uma proteção do sistema nervoso central de doenças neurodegenerativas.
Keylla Cavalcante indicou que as consequências da perda sensorial podem variar de acordo com a faixa etária. “Por exemplo, no caso dos recém-nascidos, o desenvolvimento da comunicação é comprometido, já no início da vida. Nas crianças, pode haver também dificuldade de aprendizagem, o que vai comprometer a vivência social. Com relação aos idosos, a perda auditiva pode ser consequência do envelhecimento. Nesses casos, o idoso começa a se envergonhar de pedir para que o interlocutor repita o que disse e passa a se isolar. Mas quando a gente reabilita a pessoa com perda auditiva, diminuímos essas questões problemáticas”, explicou.
Aparelho auditivo – A coordenadora de Fonoaudiologia do HSGER, Mariana Martins, afirmou que, no momento da entrega dos aparelhos auditivos, o paciente é submetido a uma consulta para que seja feito o ajuste do equipamento conforme a perda auditiva. É possível modificar a frequência que pretende amplificar ou reduzir diminuir ruídos externos, por exemplo.
O SRA faz o acompanhamento periódico dos pacientes, com ajustes dos aparelhos, quando necessário. “O ideal é que o paciente seja insistente. Por mais que incomode, ele deve tentar utilizar o aparelho para se acostumar. Há um período normal de adaptação, então, à medida que o tempo passa, o incômodo será menor”, recomendou a profissional.
Acesso: Para atendimento no Setor de Reabilitação Auditiva, o interessado pode ligar para o telefone 3211 7192 ou procurar o Serviço Social do HSGER e agendar a consulta médica.