Hospital Edson Ramalho realiza cirurgias de neoplasias de ovário no programa Paraíba Contra o Câncer

O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), há uma estimativa de sete mil novos casos dessa doença no ano de 2025, no Brasil. Nesta quinta-feira (8), comemora-se o Dia Mundial do Câncer do Ovário, data de conscientização sobre a doença, incluindo a importância do diagnóstico precoce e seu tratamento. O Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) é referência na primeira macrorregião de saúde do Estado no tratamento cirúrgico de tumores malignos, por meio do programa Paraíba Contra o Câncer. 

De acordo com o médico Carlos Marcelo Gomes, o câncer de ovário pode surgir a partir da ovulação e do processo de regeneração das glândulas reprodutivas femininas. “Tudo o que leva a muita ovulação, ou seja, a mulher que nunca engravidou, que nunca amamentou, que menstruou cedo demais, e que demorou para parar de menstruar, com vários ciclos ovulatórios durante a vida, tem mais risco de câncer de ovário”, aponta.

Ele destaca que as mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 têm maior risco de desenvolver a doença. Isto ocorre porque a mutação pode prejudicar a função dos genes que produzem proteínas que contribuem na reparação de DNA danificado. Por outro lado, mulheres que amamentaram muito ou que são histerectomizadas (que tiveram o útero removido) têm uma chance menor de desenvolver o câncer.

Carlos Marcelo Gomes indica que a maioria dos casos de câncer de ovário é descoberta já em estágio avançado. “É possível antecipar o diagnóstico a partir da realização de exames e de observação às doenças disseminadas na região abdominal, com atenção às pacientes com maior risco de desenvolvimento da doença, e da realização de cirurgias profiláticas, em caso de suspeitas fortes. Assim, a paciente é inserida no programa Paraíba Contra o Câncer para ser operada rapidamente”, explica.

A paciente Cibele Dantas iniciou os cuidados com a saúde desde cedo, a partir do histórico de câncer na família, que acometeu sua avó e sua mãe. “Minha avó faleceu de câncer de colo do útero porque não fazia exame citológico. Quando descobriu a doença, já estava em estágio avançado. Já com minha mãe, a situação foi diferente. Ela teve câncer de mama, mas retirou o tumor e ficou tudo bem. Por conta disso, eu comecei a me cuidar bem cedo, me consultando com ginecologista aos 15 anos, e vou manter assim pelo resto da vida”, explica.

Cibele Dantas está grávida de seu primeiro filho e veio ao Hospital Edson Ramalho com queixas de dores abdominais, onde foi submetida ao exame de ultrassonografia. “Aqui, o atendimento é maravilhoso, desde a recepção até a parte assistencial com as enfermeiras e médicas”, ressalta.

Já Diana Vieira compareceu ao hospital para acompanhar a filha mais velha, de 18 anos, que está sob suspeita de endometriose – uma condição ginecológica que pode afetar órgãos como os ovários. Além dos cuidados com sua filha, ela não esquece de sua própria saúde. “Todo ano eu faço consulta com ginecologista e a deste ano já aconteceu. Eu também tenho uma filha de dois anos e, durante a gestação, fui muito bem acompanhada com a realização de consultas e de exames de rotina”, comenta.

PB Contra o Câncer – Para ingressar no programa Paraíba contra o Câncer, é preciso procurar a unidade de Saúde da Família de seu Município, que vai colocá-la na lista da Central Estadual de Regulação, com fila única de atendimento. A paciente recebe acolhimento de um enfermeiro navegador no serviço de Teleoncologia e passa por consulta com médico especialista. O programa disponibiliza a realização dos exames necessários na rede estadual e encaminha a paciente para o procedimento cirúrgico. O Paraíba Contra o Câncer contempla todo o estado, sendo o Hospital Edson Ramalho a referência na primeira macrorregião. Após a cirurgia, a conduta de tratamento é definida pelo médico oncologista clínico, a exemplo de quimioterapia ou radioterapia.

O HSGER oferta cirurgias de câncer de pele e partes moles, urológico – rim, próstata, bexiga, testículo e pênis -, câncer de mama, câncer ginecológico e do aparelho digestivo – pâncreas, intestino e estômago, no âmbito do programa Paraíba Contra o Câncer. A unidade hospitalar é gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) e integra a rede estadual de saúde. 

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