Hospital Edson Ramalho é referência na aplicação de soro antirrábico

Foi mordido por um cão ou gato e não sabe o que fazer ou quem procurar? Ser mordido já pode ser traumatizante, ainda mais com risco de contrair a raiva, uma doença potencialmente grave, com taxa de mortalidade de quase 100%. Por isso, o mais prudente, após o incidente, é seguir as recomendações de cuidados de higienização do ferimento e se dirigir ao Centro Municipal de Imunizações (antigo Lactário da Torre), para que seja avaliada a possibilidade de indicação da vacina ou o soro antirrábico humano (SAR).

O Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) – gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) – é referência na aplicação do soro antirrábico, indicado para os casos de exposição grave ao vírus, para proteger as pessoas antes que a resposta imune ativa da vacina aconteça. Mas, a aplicação só é indicada em algumas situações. Por isso, a importância da avaliação no Centro Municipal de Imunizações.

“Existem dois tipos de profilaxia: a vacina e o soro antirrábico. A vacina induz o sistema imune a produzir anticorpos, de forma que haja prevenção da doença em si. Já o soro, que confere a imunidade passiva, é indicado após o paciente ser exposto ao risco de estar contaminado com o vírus do animal infectado, ajudando na instalação da imunidade ativa junto à vacina, uma vez que o mesmo possui anticorpos em sua composição e ajuda o organismo no combate à replicação do vírus e progressão da doença. No Edson Ramalho, aplicamos o soro”, explica a coordenadora da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) da HSGER, Joice Kelly.

Ainda de acordo com Joice, a indicação para vacina e/ou soro é feita pela equipe do Centro Municipal de Imunizações, antigo Lactário da Torre. “Por isso, após qualquer mordedura, arranhão e/ou lambedura de animais, é necessário se dirigir, primeiramente, ao Centro Municipal de Imunizações, para passar pela avaliação preliminar. Lá, o paciente passa por uma avaliação, sendo verificado se há indicação de vacina e/ou soro antirrábico”, complementa.

Caso seja necessário tomar o soro, o paciente recebe documentação de encaminhamento para que seja administrado no setor de urgência do Hospital do Servidor, que funciona todos os dias da semana, 24 horas por dia. “Esse fluxo foi instituído a fim de garantir a segurança do paciente”, reforça a coordenadora Joice Kelly.

Além de João Pessoa e região Metropolitana, o Hospital Edson Ramalho – unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) – também é a instituição referência na aplicação de soro para os municípios pertencentes à 1ª macrorregião.

-Mais informações podem ser obtidas pelos números 3218-7491, 3218-7388 e 3218-7381.

Sintomas e cuidados

Os sintomas da raiva em humanos que começam entre 30 e 50 dias após o contágio são: paralisia dos membros inferiores, depressão mental, agitação, mal-estar, salivação intensa, dor de cabeça e coma. Nos animais, pode haver muita salivação, mudança de comportamento (que deve ser observado por dez dias após a mordida), fuga ou morte.

A ferida deve ser bem lavada com água e sabão, deixando-se que a água escorra por alguns minutos sobre o ferimento. O sabão deve ser totalmente removido após a lavagem, para que não atrapalhe a ação dos medicamentos que por acaso sejam necessários. Deve-se irrigar o local abundantemente com soro fisiológico a 0,9% e imobilizar o membro afetado, mantendo-o elevado.

Recomendações

– Vacinar todos os animais domésticos anualmente.
– Ensinar as crianças a não provocar cães e gatos e a não brincar com animais desconhecidos.
– Em caso de dúvidas sobre a contaminação, manter o animal sob observação por dez dias.
– Se o animal apresentar sintomas da raiva, fugir ou morrer, providenciar, imediatamente, o tratamento antirrábico da vítima.

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